ISOLAMENTO E VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

A QUARENTENA COMO CATALISADOR DOS CASOS DE AGRESSÃO CONTRA A MULHER NO BRASIL E AS FORMAS ALTERNATIVAS DE ACESSO À JUSTIÇA

Autores

  • Ana Letícia Batista Alves Silva
  • Lianne Mendes Amorim
  • Maria Fernanda Cardoso Santos

Palavras-chave:

Violência doméstica. Isolamento. Quarentena. Pandemia. Ciclo de violência.

Resumo

O presente artigo tem como propósito analisar a relação entre o isolamento social e a quarentena impostos pela pandemia da COVID-19 e a manutenção do ciclo de violência doméstica. Tornou-se notável, desse modo, o surgimento de um novo obstáculo na luta contra a violência doméstica. As medidas de distanciamento, apesar de necessárias, vez que objetivam impedir o contágio de uma doença que pode vir a ser letal, prendem as vítimas em casa com seus agressores, isolando-as dos meios convencionais de auxílio. O objetivo deste artigo é expor a nova situação de risco vivenciada pelas mulheres brasileiras, demonstrando como estas podem buscar a justiça que lhes é devida para além dos meios tradicionais. Nessa perspectiva, foram analisados dados e relatórios recentes, os quais demonstram a mudança ocorrida no tocante à nova situação da violência doméstica no Brasil, os quais apontam que, apesar do aumento da violência e da dificuldade em denunciar, novas formas de pedir socorro e de passar informações surgiram, evidenciando que, mesmo em circunstâncias adversas, a adaptação trouxe inovações as quais servirão não só para este momento de pandemia, mas também como novas formas de combate à violência contra a mulher no território nacional.

Biografia do Autor

Maria Fernanda Cardoso Santos

Orientadora. Doutoranda e mestre em Filosofia pela Universidade Federal Rio Grande do Norte (UFRN).   Graduada em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)

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Publicado

2021-10-06